MDF ( painel de fibras de média densidade)
Composição: fibras de madeira aglutinadas e compactadas com resina sintética
por meio de pressão e calor.
Aparência: ao olhar para as laterais do material sem revestimento,
percebe-se que ele é uniforme e liso.
Tipos de revestimento: comporta pintura simples e laqueada, laminados
e impressões.
Uso: É bastante empregado em peças frontais e fundos de móveis,
além de laterais e fundos de gavetas.
Vantagens e desvantagens: Dentre as qualidades, destacam-se a facilidade para
executar trabalhos em baixo-relevo, entalhes e usinagens
(processo que resulta em cortes bem acabados e dá diferentes formas ao móvel);
a espessura a partir de 3 mm, contra os 9 mm mínimos do MDP,
por exemplo; a boa resistência na aplicação das ferragens; e a alta resistência a
empenamentos.
Preço médio: R$ 130 a placa de 2,75 x 1,83 m e 15 mm de espessura,
coberta de laminado de baixa pressão,
e R$ 95 a mesma chapa com 6 mm de espessura.
Sem revestimento, o painel de 15 mm na mesma medida sai por R$ 80,
e o de 6 mm, R$ 45.
MDP (painel de partículas de média densidade)
Composição: as placas são feitas de partículas de madeira.
As partículas maiores ficam no meio do painel,
e as mais finas são colocadas
nas superfícies externas, formando três camadas.
Aparência: é possível ver as camadas na lateral da chapa. "As partículas finas se acomodam nas faces, e as mais grossas, no miolo", indica Graça.
Tipos de revestimento: aceita pintura simples e laqueada,
laminados e impressões.
Dimensões: a medida mais encontrada é 2,75 x 1,84 m.
As espessuras vão de 9 a 28 mm.
Uso:
portas, prateleiras, divisórias, tampos retos e laterais de móveis e gavetas.
Vantagens e desvantagens:
por levar micropartículas na composição, não pode receber usinagens e
entalhes profundos. Dentre as vantagens, ressaltam-se a boa fixação das
ferragens específicas, pois o MDP possui partículas grossas no miolo
que as sustentam; a menor absorção de umidade se comparado ao MDF
(sua densidade é superior a 900 kg/m³, contra 730 kg/m³ do MDF);
a boa aderência da tinta na hora de pintar; e o preço mais em conta.
Mas é preciso ficar atento: muitos vendedores afirmam que o MDP
é exatamente o mesmo material que o aglomerado, o que não é verdade.
Preço médio: R$ 100 a placa de 2,75 x 1,84 m e 15 mm de espessura,
revestida de laminado de baixa pressão.
chapa crua tem preço médio de R$ 70.
Compensado
Composição: os painéis são formados de lâminas de madeira sobrepostas e cruzadas,unidas por adesivos e resinas por meio de pressão e calor. Há dois tipos de compensado: o multilaminado, composto apenas de lâminas sobrepostas cruzadas, e o sarrafeado, que possui essa estrutura nas superfícies, mas tem, no interior, um tapete formado de madeira serrada. O segundo é mais caro devido ao processo de fabricação e à menor procura.
Aparência: o compensado multilaminado é uniforme,com laterais que acompanham a superfície.Já as laterais do sarrafeado mostram um miolo que se diferencia das lâminas.
Tipos de revestimento: recebe pinturas e vernizes, mas, se o revestimento for laminado, corre o risco de apresentar bolhas com o passar do tempo.
Dimensões: a medida mais comum é de chapas de 2,20 x 1,60 m.
Os multilaminados de 3 a 6 mm de espessura
possuem três lâminas,e os de 8 a 18 mm cinco.
Uso: móveis e painéis divisórios.
Vantagens e desvantagens: as chapas de compensado são as madeiras industrializadas mais antigas - chegaram ao Brasil na década de 40.
Apesar de ser muito resistente e durável - diversos especialistas acreditam que seja a melhor das opções -, depois do advento do MDP e do MDF,o compensado perdeu espaço por ser mais caro e menos sustentável.
40% do compensado brasileiro ainda é produzido com matéria-prima proveniente de floresta nativa", enfatiza o arquiteto.
Preço médio:
R$ 160 a placa do multilaminado de 2,20 x 1,60 m e 15 mm de espessura,
com laminado de cerejeira, e R$ 190 a chapa do sarrafeado
de 2,75 x 1,60 m e espessura de 18 mm, com o mesmo revestimento.
Sem acabamento, a primeira vale R$ 85, e a segunda, R$ 105.
Composição: os painéis de partículas de madeira são menos usados
atualmente, pois perderam lugar para o MDP.
"O aglomerado brasileiro produzido na década de 60 era diferente do
fabricado no restante do mundo - tinha mais qualidade,
pois era feito de cavacos de madeira, e não de resíduos industriais",
conta Rosane, da Abipa.
Com a evolução dos processos tecnológicos, ele perdeu espaço para o MDP.
É preciso também levar em conta que, na fabricação de aglomerados,
ainda são usadas madeiras tropicais provenientes de florestas nativas -
outro ponto a favor do MDP.
Aparência: não é possível distingui-lo visualmente de uma chapa de MDP.
Tipos de revestimento:
"Aceita bem pinturas e vernizes, mas não os laminados,
pois sua superfície não é tão lisa e uniforme quanto a do MDF ou MDP",
esclarece Paulo.
Dimensões: a medida mais comum é 2,75 x 1,83 m.
As espessuras variam de 8 a 40 mm.
Uso: pode compor portas, laterais de móveis, gavetas e prateleiras,
porém somente com as ferragens específicas para o material.
Vantagens e desvantagens: "Se comparado ao MDF e ao MDP,
ele tem menores chances de empenar, pois recebe menos pressão na fabricação",
afirma o designer. Porém, não suporta tanto peso quanto o MDP,
segundo Atílio Formágio Neto, coordenador de produtos da Masisa Brasil,
empresa de Curitiba que fabrica e comercializa painéis de madeira.
Preço médio: R$ 30 a placa de 1,20 x 1,20 m e 15 mm de espessura,
com revestimento melamínico branco.
O mesmo painel sem acabamento custa R$ 20.
OSB:
Composição: lascas de madeira são
prensadas em três camadas perpendiculares
e unidas com resina aplicada sob alta pressão e temperatura.
Aparência: as grandes lascas ficam evidentes.
Tipos de revestimento: normalmente, não recebem acabamento.
"Por ser rugoso, o OSB aceita somente aplicação de vernizes e tinta.
Produtos laminados não aderem bem", afirma Paulo Alves.
Dimensões:
as placas costumam medir 2,20 x 1,10 m e 2,44 x 1,22 m.
As espessuras vão de 6 a 30 mm.
Uso: vistas como tapumes em obras, as chapas também são
empregadas em painéis, móveis e projetos alternativos de decoração.
Por ser fabricado com cola resistente à umidade, o OSB pode ser ainda
opção para móveis de ambientes externos.
Vantagens e desvantagens:
"A mais barata das chapas é a mais impermeável", garante o designer.
Quanto à força e à capacidade de suportar cargas,
tem características semelhantes às dos painéis de MDF e de MDP.
Preço médio: R$ 50 a placa crua de 2,44 x 1,22 m e 15 mm de espessura.
HDF:
semelhante ao do MDF -
a diferença é a maior pressão aplicada durante a fabricação.
Aparência: as chapas são homogêneas e possuem superfície lisa,
uniforme, de alta densidade e pequena espessura.
Tipos de revestimento: pode receber pinturas e vernizes,
além de aceitar bem os laminados.
Dimensões: os painéis costumam medir 2,75 x 1,85 m,
com as menores espessuras - de 2,5 a 6 mm.
Uso: funciona bem como lateral e fundo de móveis, gavetas e divisórias.
O HDF também é utilizado em artesanato e na produção de brinquedos.
Vantagens e desvantagens: como o MDF, serve para trabalhos
de usinagem e entalhes.
"Por ser um material de alta densidade, suporta mais peso e
pode vencer vãos maiores sem a necessidade de reforço",
explica o arquiteto e designer paulista Paulo Alves,
sócio da Marcenaria São Paulo. Logo, o HDF é mais caro.
Ainda assim, quando não é necessária uma base tão segura,
o MDF é uma alternativa melhor.
Preço médio: R$ 110 o painel de 2,75 x 1,85 m e 6 mm de espessura,
revestido de laminado de baixa pressão.
A placa na mesma medida,
mas com 3 mm de espessura e sem acabamento, sai por R$ 30.
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